Três crianças encontradas mortas afogadas num poço de água arredores da cidade do Lobito

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Anderson (7 anos), Marina (6 anos) e Francisca (4 anos), foram encontradas mortas por afogamento dentro de um poço onde a comunidade acarreta água na “zona alta” da cidade do Lobito, província de Benguela.

Faustino Dumbo | Lobito

Segundo testemunhas ouvidas no local pela Rádio Angola, o poço em causa, foi construído há anos pelos moradores com o propósito de obter o precioso líquido para o consumo, uma vez que, de acordo com as fontes, o bairro enfrenta a escassez de água potável.

Ao que consta, a “zona alta” do município do Lobito, em Benguela, a sua população vive em condições difíceis e  há mais de 17 anos sem água potável, situação que tem complicado aqueles moradores a terem uma vida condigna: “Estamos já acima de 17 anos sem água, por isso, decidimos cavar o poço onde conseguimos retirar a água que usamos para a nossa sobrevivência”, disse um dos moradores.

A população ouvida no local do incidente contou que, as crianças vítimas, brincavam no mesmo poço onde os moradores retiram a água para o consumo diário: “As três crianças que morreram estavam dentro do poço a brincar e acabaram por perder a vida”, referiu outro morador.

Já, a jovem Isabel, moradora do mesmo bairro, disse que, apesar do perigo que correm todos os dias, os habitantes da “zona alta” da cidade do Lobito, não encontram alternativa para terem água potável, “senão nos socorrermos do poço mesmo contendo água imprópria para o consumo humano”.

À Rádio Angola, os populares afirmam que foram esquecidos pelo Governo de Benguela liderado pelo Rui Falcão: “Nós somos humanos, precisamos de água para beber, pois, sem água não se faz nada, não há vida”.

A RA apurou que, depois do incidente, a população teve de tapar com “urgência” o referido poço para evitar a “fúria” dos familiares das vítimas.

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