JOSÉ FILOMENO DOS SANTOS CONSTITUÍDO ARGUIDO EM ANGOLA

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José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, foi constituído arguido e está impedido de sair do país, disse o sub-procurador-geral da República de Angola, Luís Benza Zanga.

O destino de “Zenu”

Em causa está uma investigação a uma alegada transferência irregular de 500 milhões de dólares (406,2 milhões de euros) para um banco britânico, que já levou à constituição como arguido de Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola.

Indiciado pelo crime de peculato e branqueamento de capitais, Valter Filipe também está impedido de sair do país enquanto decorrem as investigações.

“Vamos aguardar que a investigação continue, para que se possa, mais lá para frente, aferir outros nomes, por enquanto acho prematuro fazer alguma informação muito mais clara sobre outros nomes, que têm alguma envolvência com este processo”, frisou na altura (15.03) o procurador-geral adjunto e coordenador da Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP), João Luís de Freitas Coelho.

Devolução do dinheiro a Angola?

Sobre a recuperação pelo Estado angolano do valor transferido, o magistrado disse que as autoridades angolanas, nomeadamente o Ministério das Finanças e o Banco Nacional de Angola “estão a fazer todo o esforço junto do Governo e da banca inglesa para este dinheiro comprovadamente seja devolvido a Angola”.

“A PGR até este momento não tem qualquer informação de que este dinheiro já foi devolvido a Angola, mas as estruturas do Estado angolano, isso é consabido, é público, estão a trabalhar para que o dinheiro retorne aos cofres do Estado angolano”, disse.

Valter Filipe foi ouvido um dia depois de ter regressado a Angola, proveniente da África do Sul, tendo sido ouvido, segundo ainda a PGR, “demoradamente” na DNIAP, de onde “entrou e saiu livremente”.

A suposta transferência de 500 milhões de dólares terá sido realizada por Valter Filipe, em setembro de 2017, um mês antes da sua demissão do cargo a seu pedido, para uma conta do banco Credit Suisse de Londres.

Fonte: DW

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