CONFLITOS DE TERRAS NO CUNENE DEBATIDO EM LUANDA

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O debate teve lugar na tarde de quinta-feira, dia 1 de Novembro, no Centro Cultural Cônego Manuel das Neves, organizado pela ONG Omunga em colaboração com a ONG sedeada no Cunene Ame Noame Omuna (ANO), que na língua Kwanyama significa “Eu também sou pessoa”.

Texto de Simão Hossi

Xavier Kaulinawa, representante da ONG do Cunene, trouxe mais três membros das várias comunidades locais, nomeadamente, o catequista Isaías Tchipandgeni, do Coroca, Teopolina Ndeyandele, da Onwoongo – Ondjiva, e o Soba Lino Michael, do Kauloka.

Para além do debate tiveram encontros com a 10ª Comissão da Assembleia Nacional e com o director nacional para Administração Local do ministério da Administração do Território e Reforma do Estado (MATRE).

Os munícipes do Cunene partilharam com os participantes ao debate a situação de expropriação de terras e desalojamentos forçados. Os protagonistas afirmaram que tiveram êxitos pelo facto de terem sido recebidos pelas autoridades que poderão levar em conta as suas preocupações.

A única mulher da delegação alegou ter sido detida, ela e sua filha, pelas autoridades locais por defender a sua lavra que foi dividida ao meio pela estrada construída no local.

Das audiências com as autoridades em Luanda e o debate com activistas, Xavier disse que voltam para Ondjiva, capital provincial, com o sentimento de dever cumprido pelo facto de haver mais esperança na resolução dos seus problemas e das comunidades com quem trabalham, pois estes contam com os apoios e parcerias de advogados patrocinados pelas ONGs Associação Construindo Comunidades (ACC) e MOSAIKO – Instituto para a Cidadania, sendo que a Rede Terra, que também esteve presente no debate, juntou-se ao esforço levado a cabo por estes e parceiros.

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