Benedito Jeremias “Dito Dali” acusa regime do MPLA de perseguição política aos activistas do processo 15+2

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Activista Benedito Jeremias diz existir “perseguição política” contra os activistas do processo dos 15+2. O jovem alega que a sua exoneração do cargo de chefe de secção de Minas da Direcção Provincial de Geologia e Minas do Moxico, é alegadamente uma retaliação por não pactuar com as políticas do executivo suportado pelo MPLA.

Em declarações à Rádio Angola, o activista disse que após ter conseguido o cadastramento com muitas dificuldades por razões de “restrições impostas” como funcionário público da Direcção Provincial da Geologia e Minas na província do Moxico, onde durante oito anos desempenhou as funções de chefe de secção de Minas, para o seu espanto, o jovem afirmou que “foi exonerado do cargo que ocupava sem nenhuma explicação”, tendo sido baixado o salário que auferia de 150 mil mensal para 25 mil kwanzas.

“Fui exonerado do cargo de chefia que desempenhei durante 8 anos. A informação foi prestada pelo senhor director Provincial da Geologia e Minas, mediante despacho de exoneração que depois tive acesso”, disse Benedito Jeremias, para quem “nenhum cargo é eterno” mas entende que a sua exoneração deveu-se ao facto de estar ligado ao dos 15+2 “de forma abusiva”, considerou, acrescentado a medida tomada pelo Governo Provincial do Moxico liderado por João Ernesto “Liberdade”, enquadra-se naquilo que chama de perseguição política aos “revús.

O activista revelou à Rádio Angola que nos últimos dias recebeu várias propostas de aliciamento para exercer cargos no governo local e bens materiais como casa, carro e avultadas somas em dinheiro em troca do seu silêncio, mas segundo diz “não aceitei porque a minha consciência não está à venda”. Benedito Jeremias diz que a corrupção é uma pratica que supostamente alimenta o partido no poder ao longo do seu consulado.

Na entrevista, o jovem activista garante que “não vai ceder a tentação”, pelo que vai manter a mesma verticalidade na “luta por um país melhor, livre, justo, democrático e uma justa distribuição do erário público”.

Acompanhe aqui a reportagem na página da Rádio Angola

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