UNITA e CASA-CE acusam Governo de dificultar a ida de observadores a Angola

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Fonte: VOA

Oposição diz que atrasos na atribuição de vistos levam observadores a desistirem

A UNITA e a CASA-CE acusam o Estado angolano de criar dificuldades aos observadores eleitorais na formalização dos convites e na atribuição de vistos.

Aqueles dois partidos na oposição dizem que o Governo pretende que apenas o acto eleitoral tenha observação externa e não a campanha eleitoral.

O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, diz que o processo está “eivado de má fé e de falta transparência”.

Para Sakala, houve dois pesos e duas medidas uma vez que os convidados do partido no poder já se encontrariam em Angola.

O porta-voz precisa que a Fundação Carter, dos Estados Unidos, terá desistido de ir a Angola por causa dos atrasos na formalização dos convites e ficou ainda mais desgastada depois de o Governo ter negado a observação da União Europeia.

Por seu turno, o vice-presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, admite que o Governo quer que os observadores cheguem apenas no dia da votação e não no decurso do processo preparatório, o que não seria benéfico para a transparência que se pretende nas eleições angolanas.

“São questões burocráticas porque o visto para Angola é muito difícil”, sublinha Fernandes.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) manifestou-se também preocupada com a falta de resposta por parte das entidades e organizações convidadas pelas forças políticas concorrentes às eleições gerais de 23 de Agosto para o processo de observação da mesma.

A porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, disse que a situação poderá criar constrangimentos organizativos, para o credenciamento desses observadores.

O MPLA convidou observadores dos partidos Frelimo (Moçambique), SWAPO (Namíbia) PCT (Congo), MLSTP –PSD (São Tomé e Príncipe), ZANU-PF, (Zimbabué) e ANC (África do Sul.

Da Europa convidou os partidos Comunista e Socialista, de Portugal, oPartido Socialista Operário Espanhol, e na Ásia, aos partidos comunistas da China e do Vietname.

Por sua vez, a UNITA indicou como observadores, o Partido de Renovação Social (Guiné-Bissau), Renamo (Moçambique), MLC (República Democrática do Congo), Partido Popular (Espanha), a Fundação Conrado Wessel (Brasil) e a Fundação Carter (Estados Unidos.