TPA: auto censura ou o regresso do “ordens superiores”? – Marcolino Moco

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Por Marcolino Moco
Não gostei nada da forma como foi tratado o discurso de Isaías Samakuva, líder da oposição, em relação à sua apreciação do discurso sobre o Estado da Nação de João Lourenço, Presidente da República e titular único do Executivo, nos termos da constituição vigente. Outros observadores repararam, particularmente, na brevidade com que perpassou um assunto em que a oposição deve ser necessariamente ouvida com alguma exaustão. A mim preocupou, especialmente, a epígrafe dada à matéria que pouco correspondia ao conteúdo, cheirando novamente a um certo “bajulismo” que o próprio presidente João Lourenço, como chefe do partido no poder, sublinhou que não queria mais, por nada deste mundo, no congresso da sua consagração. Se se trata de auto censura, por amor de Deus, preocupa-me que haja gente que ainda não percebeu que com isso não se ajudam nem ajudam a ninguém, lição que devia ser apreendida, em tantos anos de tantos medos e cobardias! Não é só Angola, a África vai e está a mudar. Se se trata do regresso do “ordens superiores” então a minha preocupação é maior. Será que não se entendeu que foi esta coisa de impedir que a chefia oiça o bom e o mau que acontecem, que nos levou até onde estamos: num rico pobre país? Coisa que Jlo sublinhou logo de início?!
Espero que não volte a passar a fazer “zap” na feliz hora de ouvir o que estava a ser o nosso bom noticiário da TPA. Valha-nos Deus!

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