PROTECTORADO LUNDA TCHOKWÉ MANIFESTA-SE NAS RUAS DE SAURIMO PARA EXIGIR LIBERTAÇÃO DOS ACTIVISTAS DETIDOS

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Está agendada para os próximos dias, uma série de manifestações nas ruas de Saurimo a serem protagonizadas pelo “Movimento Protectorado Lunda Tchokwé” em protesto contra prisão de onze activistas que se encontram na penitenciária de “Luzia” província da Lunda-Sul há cinco meses.

Fonte: Rádio Angola

O anúncio foi feito à Rádio Angola pelo líder do protectora José Zeca Mutchima, para quem as províncias de Luanda e Lunda-Sul, vão testemunhar “vigílias e manifestações pacíficas” para exigir a libertação dos activistas detidos dos quais consta uma mulher de 38 anos com uma criança de tenra idade.

Os onze activistas do “Movimento Protectorado Lunda Tchokwé” foram detidos a 17 de Novembro de 2018, na sequência de uma “manifestação pacífica” que visava exigir o dialogo com o governo angolano quanto à autonomia que aquele povo reclama para a região leste do país.

Os detidos são acusados pelo Ministério Público de crimes de rebelião e tentativa de golpe de Estado, uma acusação que o Protectorado Lunda Tchokwé considerada “absurda e sem sentido”.

Segundo José Zeca Mutchima, o serviço penitenciário da comarca da Luzia recebeu orientações saídas de Luanda para a não soltura dos detidos acusados pelo Ministério Público de actos de rebelião e tentativa de golpe de Estado.

“A cadeia da Lunda Sul recebeu orientações de Luanda para que não sejam soltos os activistas detidos”, disse o responsável, argumentando que, no dia 17 de Dezembro do ano passado, a direcção do “Movimento Protectorado Lunda Tchokwé” escreveu para o Procurador-Geral da República, general Hélder Pitta Grós, solicitando à libertação dos mesmos, mas diz José Zeca Mutchima, nenhuma resposta foi recebida.

Entretanto, devido ao silêncio das autoridades judiciais, o líder do “movimento” que reivindica à autonomia da região rica em diamantes, disse que a sua organização está a preparar uma “mega manifestação” que se seguirá de vigílias nas cidades de Saurimo e Luanda com o propósito exigir a liberdade dos detidos, que de acordo com Zeca Mutchima, “estão na cadeia sem motivos e sem data para o seu julgamento”.

“A polícia que esteja mais uma vez preparada para colocar centenas de companheiros nossos nas cadeias, pois não vamos permitir que continuemos assistir violação dos direitos humanos no país”, afirmou José Zeca Mutchima, acrescentando que a “manifestação deve acontecer custe o que custar”.

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