Profissionais da Rádio Despertar expostos em risco de contaminação de COVID-19

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Os trabalhadores da Rádio Despertar, emissora ligada à UNITA, maior partido político na oposição em Angola, queixam-se de estar ao máximo risco de exposição em lugares com maior facilidade de contágio do novo coronavírus.

Segundo o portal O Decreto, os profissionais que trabalham em condições precárias, neste contexto de emergência sanitária global, vêem a saúde arriscada por causa da falta de uma única viatura que seja para o transporte do pessoal de suas casas para o local de trabalho e vice-versa, já que, a sua actividade enquadra-se nas excepções constantes da declaração do Estado de Emergência, em vigor no País, desde o dia 27 de Março.

Obrigados a presença diária no local de trabalho, os Jornalistas da Rádio Despertar que se socorrem diariamente dos moto-táxis e táxis para o cumprimento das suas actividades laborais, manifestam descontentamento a forma “desprezível” como a direcção do órgão e do Partido UNITA revelam-se incapazes de prover uma viatura para facilitar a mobilidade nesta fase em que, a prevenção, recomenda-se.

Órgãos privados de comunicação social em Luanda, como a MFM, LAC e emissora Católica de Angola, Ecclésia, só para citar, adoptaram no espírito do estado de emergência, planos de prevenção sanitária modos a salvaguardar nas respectivas redacções a saúde dos seus profissionais. A MFM, disponibilizou meios para que os jornalistas trabalhassem em casa, enviando as suas reportagens sem necessidade de se deslocarem a redacção. Outras, ficaram-se pela redução de trabalhadores por turnos, medidas preventivas não acolhidas pela Rádio Despertar que, mesmo sem transporte continua a exigir a presença dos jornalistas na redacção.

Informações prestadas ao Decreto por alguns descontentes ligados a emissora, referem que: “viaturas disponibilizadas novinhas em folha há três anos pela UNITA, foram abandonadas no parque de estacionamento da rádio, a espera de reparação, após terem sido usadas e abusadas como propriedades privadas pelos directores, geral e adjunto, Emanuel Malaquias e Queirós Chiluvia, respectivamente” disse a fonte que pediu anonimato.

Os jornalistas que denunciaram também o destino incerto dado as outras duas viaturas, no lote de quatro, entregues em 2017 pelo patrão, UNITA, dizem-se cansados com os maus-tratos da actual direcção e apelam a sensibilidade do Presidente do Partido, Adalberto Costa Júnior, a fazer profundas alterações na estação radiofónica que, segundo afirmaram, continua a ser a caixa de ressonância dos maninhos.

O Decreto contactou o Director-adjunto da Rádio Despertar, Queirós Chiluvia, que reconheceu haver algumas dificuldades: “A Rádio Despertar não tem falta de viaturas mas sim, os automóveis para o apoio dos jornalistas estão avariadas. A Direcção deste órgão tem envidado esforços no sentido de dar resposta a situação” disse acrescentando que: “Quanto ao Covid-19, A Voz da Sociedade como outros meios de comunicação estão a desempenhar o seu papel de informar, formar a sociedade sobre a medidas de prevenção contra o coronavirus, orientando os cidadãos a acatarem as orientações do Ministério da Saúde bem como a observância das normas atinentes ao Estado de Emergência decretado pelo Chefe de Estado, João Lourenço” disse.

Outrossim Siluvia esclarece que: “não é verdade que os profissionais da Despertar estejam em risco de contaminação do Covid-19, e que já foram tomadas medidas para aumentar o volume de meios rolantes com vista a facilitar e oferecer segurança aos jornalistas e trabalhadores não dispensados” disse.

Quanto as acusações que impendem sobre o senhor DG e seu Adjunto de terem supostamente usado de forma abusiva as viaturas da Rádio, o responsável diz que: “esta afirmação não tem nenhum til de verdade, visto que o DG Emanuel Malaquias e seu Adjunto têm viaturas próprias ou decorrentes de funções, não passa de uma cabala para denegrir a imagem e o árduo trabalho levado acabo pela actual Direcção” lamentou.

Para finalizar a Rádio Despertar diz não ter falta de material de bio-segurança por esta razão estão a ser cumpridas todas as exigências quer de higienização dos meios em uso na Redaccão, máscaras, luvas para os profissionais.

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