Presidente João Lourenço está a cometer erros do passado de José Eduardo dos Santos

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Por: Jordan Muacabinza

A 23 de Agosto de 2017, os angolanos elegeram o cidadão João Manuel Gonçalves Lourenço, como o novo Presidente da República de Angola, depois de ter sido indicado como “cabeça-de-lista” do MPLA, partido no poder desde 1975.

De Cabinda ao Cunene e do Mar ao Leste, o povo confiou o poder a João Lourenço, que durante a campanha eleitoral de 2017 teve como divisa: “Corrigir o que está mal e Melhorar o que está bem”, cujo foco estaria virado ao combate à corrupção, ao nepotismo e à impunidade. Entretanto, diante das promessas eleitorais feitas, o povo acalentou esperanças de dias melhores, o que passados cerca de dois anos de governação, a condição social da população está a piorar cada vez mais.

Os angolanos, até ao dia 23 de Agosto de 2017, vinham enfrentando uma vida de desespero de um sistema dominado por então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que durante 38 anos liderou o país de forma ditatorial em que a corrupção foi institucionalizada.

Dos Santos, recebeu o país depois da morte do saudoso Presidente António Agostinho Neto, tendo transformado este país quase numa propriedade pessoal e no império familiar, onde os angolanos estavam sem esperança de vida, tão pouco da justiça que durante décadas pactuou com as injustiças, corrupção que dilapidou os recursos de todos os angolanos.

O país ficou transformado num laboratório da morte, onde vários cidadãos perderam vidas, outros perderam seus irmãos, outros ficaram órfãos de país e alguns ficaram detidos e presos sem culpa formada.

Porém, já com a eleição do novo Presidente da República, milhares de angolanos esperavam que algo mudaria e haveria melhorias na condição social das populações nestes primeiros dois anos de governação de JLO, cujo seu mandato de cinco anos termina em 2022.

Na administração de JES, um circulo restrito e familiar, é que detinha o monopólio e controlo das riquezas do país, e um grupinho que controlava o poder jurídico, administrativo, e outros eram espiões de quem os criticava. O mesmo grupo era exonerado de um cargo e posteriormente nomeado para outro, enfim, eram apenas “dança das cadeiras”.

No entanto, o país foi se arrastando assim ao ponto de maior parte dos angolanos levarem uma vida de indigência num país rico; portanto é com esta visão que levou ao povo angolano, de forma gritante, a pedir que o país fosse governado pelo um outro presidente ou partido, que no mínimo, devia melhorar a qualidade de vida do povo angolano.

Entretanto, desde que o João Lourenço foi empossado ao cargo de Chefe de Estado, o país notou que, a lapiseira que lhe foi dada aquando da cerimónia de tomada de posse, a esta altura já não deve ter mais tinta, pois, a única coisa que é visível na sua governação são as nomeações e exonerações das mesmas pessoas que arruinaram este pais com  roubos e desvios do erário público.

Com este andar da carruagem, os angolanos começam a esperança que vinham alimentando. Desde que foi eleito, senhor Presidente da República, os angolanos estão a atravessar vales de pobreza, de fome e cada dia os produtos da sexta básica sobem de forma vertiginosa.

Para uma governação transparente, quando está para exonerar um dos seus auxiliares que já andou por vários departamentos ministeriais, já podia mais ser indigitado para outras funções, uma vez que o país conta com muitos quadros formados dentro e fora do país e que precisam dar o seu contributo em prol de Angola e dos angolanos.

Os que estão em idade de reforma devem de imediato ir cuidar dos filhos e netos, e evitar que sejam os únicos a estar em frente das instituições do Estado até a sua morte. Por isso, senhor Presidente João Lourenço, com esse modo de governação valha apena que senhor diga aos angolanos e ao mundo de que, de hoje em diante, Angola é de algumas pessoas especiais.

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