População do Cuango acusa autoridades sanitárias de “ocultarem” casos positivos da Covid-19 na região

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Os populares da região do Cuango afirmam que, “tarde ou cedo”, a pandemia da COVID-19 chegaria ao leste do país, particularmente ao Município do Cuango, pois, segundo lamentaram, as autoridades sanitárias do país, em concreto o Governo Central, pouco ou quase nada faz para garantir a prevenção contra o novo coronavírus.

Jordan Muacabinza
Fonte: Rádio Angola

De acordo com aquela população, desde que Angola registou os dois primeiros casos positivos confirmados, o Executivo intensificou várias medidas de segurança com vista a não disseminação do vírus, com a distribuição de materiais de biossegurança em todo o país, mas ao que contam, “no município do Cuango, a sua população sempre foi relegada ao segundo plano pelo governo”.

Em função disso, fontes obtidas por meio de técnicos de saúde local, dão conta que, o município do Cuango “já tem dois casos positivos da COVID-19, trata-se de um engenheiro da electricidade e um farmacêutico, que teriam testados por via HGT IGG, em consequência da “violação da cerca sanitária em Luanda”.

Outra fonte indica que, os técnicos da saúde, estão a trabalhar para comprovar através das analises laboratoriais para depois determinar todos os testes e serem submetidos a tratamento.

Uma nota da Administração Municipal do Cuango enviada à Rádio Angola refere que o seu titular, Guilherme Cango, testou negativo contra à COVID-19.

A população local diz-se “indignada” por não ter havido pronunciamento por parte da comissão multissectorial na habitual actualização dos dados da pandemia no país.

A fonte sustenta ainda que, a região do Cuango conta com pelo menos um caso positivo confirmado e um reactivo (IGG), o que segundo um especialista o vírus pode propagar-se com rapidez.

A falta de meios de biossegurança e outros materiais gastáveis constitui a maior preocupação, que lamentam por outro lado a falta de condições mínimas no único Hospital Regional de Cafunfo, onde “não existem máscaras, luvas e outros meios”, disse o cidadão Benjamim Xalesso.

Já, a vendedeira ambulante Amélia Manuel não entende o comportamento e a forma de actuação dos agentes de defesa e segurança, que segundo ela, “ao invés de se preocuparem na protecção para a não violação da cerca sanitária na província da Lunda-Norte, os polícias e militares, estão apenas interessados em correr com os vendedores para receber os seus produtos”.

A Direcção Provincial da Saúde da Lunda-Norte reforçou a equipa médica que está a trabalhar no município do Cuango desde as primeiras horas do dia 31 de Julho último, onde até ao momento, segundo apurou a Rádio Angola, já foram testados dezenas de cidadãos angolanos e residentes.

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