Organizações juvenis associativas e partidárias agastadas com “silêncio” do Presidente da República sobre promessa habitacional aos jovens

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As organizações juvenis associativas e partidárias manifestam-se “indignadas” com o “silêncio” do Presidente da República, João Lourenço, quanto ao “não cumprimento” da promessa que visa facilitar à atribuição das habitações aos jovens.

Fonte: Rádio Angola

Pela segunda vez, as organizações filiadas ao Conselho Nacional da Juventude (CNJ) endereçaram uma “carta reclamação” onde reiteram o seu “descontentamento” face à “morosidade” no processo de facilitação para o acesso às habitações na urbanização Vida Pacifica, localizada no Distrito do Zango-0, município de Viana, em Luanda.

Na carta a que Rádio Angola teve acesso, os representantes destas organizações juvenis subscritoras, anotam que a sua “persistência” em escrever ao Presidente João Lourenço resulta do seu “silêncio”, quanto à carta endereçada no passado mês de Maio no ano em curso.

No passado mês de Maio, segundo lembram os representantes da JURA, JURS, JPA, MEA e outras organizações juvenis, solicitaram a intervenção do Titular do Poder Executivo com vista a viabilizar o processo para o acesso aos apartamentos na referida urbanização conforme a promessa feita aos participantes do diálogo juvenil que foi promovido por João Lourenço no Palácio Presidencial da Cidade Alta, no dia 29 de Abril de 2019.

Para os subscritores da “missiva” enviada à Presidência da República, o acesso à habitação em Angola, continua a ser das maiores preocupações da juventude, não obstante as políticas de fomento habitacional criadas pelo Executivo angolano.

“Angustia-nos o coração, a ver que, as centenas de apartamentos erguidos na urbanização Vida Pacífica, sejam ocupados por ratos, baratas e outros insectos, quando a juventude à vida de constituir família não tem onde morar”, lê-se no documento.

O documento das organizações juvenis associativas e partidárias refere ainda que conforme a solicitação feita no dia do diálogo juvenil, “humanamente pensado e dirigido pelo senhor Presidente”, os jovens reforçam o apelo para que lhes seja permitido, por via de “requisitos administrativos previamente definidos”, o acesso às referidas habitações “como forma de tornar possível a concretização do sonho de todo jovem angolano, responsável e comprometido com o bem-estar da sua própria família e da nação angolana”.

Os jovens sustentam que têm em sua posse “informações privilegiadas e apuradas” de que, existe um determinado grupo de entidades ligadas ao Ministério do Urbanismo e Habitação, também ao Fundo de Fomento Habitacional que, “movidos de interesses pessoais, desautorizam a orientação superiormente emitida pelo Presidente da República, para a consumação da facilitação de acesso as residências”.

Com essa denuncia, de acordo com os subscritores da carta, o seu objectivo é “contribuir para evitar consequências que coloquem em descrédito a boa imagem de Vossa Excia, do Governo e do povo angolano em geral”.

“Sabemos, que nem todos ainda no aparelho governativo, compreenderam até ao momento a missão de servir, apesar dos exemplos práticos sabiamente demonstrados por Vossa Excia”, pode ler-se.

O documento termina sublinhando que o “grupo” se dirige a João Lourenço, enquanto Presidente da República, que entre as funções garante a defesa do interesse supremo da República de Angola e na protecção da sua população, “acreditando que, em defesa dos valores no presente, mas também com sentido histórico e de futuro, tudo fará para que, a nossa reiterada solicitação à facilitação de acesso à habitação seja atendida”.

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