NO MOXICO: MANIFESTAÇÃO À VISTA PARA EXIGIR LIBERTAÇÃO DOS ACTIVISTAS DETIDOS EM LUANDA

Compartilhe

Um grupo de jovens activistas cívicos da província de Moxico apela às autoridades de Luanda, para num período de 48 horas, a libertação dos activistas Arante Kivuvu, José da Silva e Utukid Scot, condenados pela 3ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda a dois meses e 15 dias de prisão com pena suspensa, bem como de Benedito Jeremias (Dito Dali), detido durante a sessão de julgamento sumário.

 Texto de Rádio Angola

Arante Kivuvu, José da Silva e Utukid Scot foram detidos e julgados sumariamente em consequência da manifestação dos activistas contra o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco BIC, Fernando Telles acusado de usurpação de terreno de uma família na província de Kuanza-Sul.

Os activistas condenados sumariamente a 2 meses e 15 dias de pena suspensa e ao pagamento de multa no valor de 250 mil Kwanzas cada, 35 mil de taxa de justiça, 5 mil para o defensor oficioso e 25 mil de indemnização ao agente da polícia queixoso, continuam detidos até ao pagamento do valor exigido pelo tribunal.

Já, o activista Benedito Jeremias (Dito Dali) foi detido em plena sessão de julgamento depois de alegadamente ter dirigido palavras ao agente da polícia que apresentou a queixa.

Entretanto, os activistas na província de Moxico “exigem a libertação incondicional” dos seus companheiros. Segundo os activistas Luís Paulo, Hélder Ribeiro (Mwana Afrika), Adelaide Machai, Domingos Panzo e Nelson Mucazo Euclides, que se manifestam preocupados com o cenário, entendem que “são detenções arbitrárias”, “perpetradas” pela Polícia Nacional, pelo facto de os activistas em causa terem apenas “defendido uma família que se encontra em conflitos de terra com o todo poderoso e intocável PCA do Banco BIC”.

“Em função disso, exigimos a liberdade imediata dos activistas Utukid Scot, Arante Kivuvu, José da Silva e Dito Dalí, no prazo de 48 horas, sob pena de recorrermos a outros meios necessários”, afirmam os activista de Moxico.

Para 0os activistas, não se percebem considerado democrático e de direito, onde o Presidente da República, João Lourenço “apregoa que ninguém é tão poderoso demais para que não seja punido e ninguém é tão pobre demais para que não seja defendido, aconteçam essas prisões encomendadas”.

“Entendemos que estamos perante as sombras das ditaduras de José Eduardo dos Santos, onde as autoridades continuam a confundir o poder Judicial com os prazeres políticos macabros, por isso, liberdade já!”, consideram os activistas.

Leave a Reply