LIBERTAÇÃO DOS ACTIVISTAS NA LUNDA-SUL DEPENDE DO PAGAMENTO DE MAIS DE 1 MILHÃO DE KWANZAS

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O Tribunal Provincial da Lunda-Sul decidiu alterar a taxa de justiça de 500 mil para 1 milhão e 860 mil kwanzas de caução aos dez activistas do “Movimento Protectorado Lunda-Tchokwé”, depois da sentença aplicada a 25/07, ter absolvido o grupo no crime de “tentativa de rebelião”.

Rádio Angola

Os réus ora absolvidos, mas obrigados ao pagamento de uma “caução”, foram detidos  na sequência de uma manifestação, segundo familiares, pacifica, no dia 17 de Novembro de 2018, cujo propósito era exigir dialogo com o governo angolano sobre a autonomia da região das Lundas.

Entretanto, vários activistas na região das Lundas têm sido levados as barras do tribunal por exigirem melhorias das condições de vida naquelas localidades.

O portal “O Decreto” apurou que os familiares, na sua maioria desempregados, estão de braços atados, pois não sabem como e onde tirar os valores exigidos pelo tribunal para a libertação dos presos. Falando a este portal, António Txiazi, irmão de um dos activistas detidos, contou a partir da cidade de Saurimo que até ao momento a sua família não conseguiu reunir qualquer valor para o resgate dos presos.

“Pedimos o apoio às pessoas de boa-fé que nos ajude nesta situação, não sabemos o que fazer”, clamou o cidadão num contacto via telefónico.

Por sua vez, o líder do “Movimento Protectorado Lunda-Tchokwé”, José Zeca Mutchima, disse não entender as motivações da juíza do processo ao alterar o valor da multa inicialmente determinado para o pagamento à justiça, “quando na verdade a sentença havia determinado um outro valor”.

Para o activista do grupo que reivindica a autonomia da região rica em diamantes, quer o julgamento quer a sentença, “não passaram de uma uma encomenda política” e descreve que, “mesmos que a multa de mais de um milhão de kwanzas for paga, os réus vão permanecer na cadeia até completarem nove meses de prisão”.

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