JULGAMENTO DO LÍDER DO MEA ADIADO PARA FIM DE JULHO

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Está adiado para o fim deste mês de Julho o julgamento do líder do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) Francisco Teixeira, do jornalista Jorge Eurico e de António Francisco acusados de ameaças à integridade física de Gonçalves Ihanjica, ex-director de informação da Televisão Pública de Angola (TPA).

Rádio Angola

A primeira audiência de julgamento que estava agendado para a 14ª Secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, na zona do Benfica, foi adiado devido à ausência de Jorge Eurico e António Francisco, este por se encontrar fora do país em tratamento médico.

O juiz da causa Faria Diogo impôs uma multa de 20.000 Kwanzas ao jornalista Jorge Eurico por esta não ter estado presente sem qualquer justificação.

Zola Bambi Advogado de Francisco Teixeira unico réu presente na audiência entende ser normal o adiamento da sessão uma vez que a presença dos réus é indispensável.

Bambi mostrou-se optimista quanto à absolvição de Teixeira. “Temos convicção que não há crime por parte de nosso constituinte”, disse, mostrando-se ao mesmo tempo optimista quanto à absolvição do seu constituinte.

O presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira está a ser acusado pelo jornalista Gonçalves Ihanjica de crime de calunia e difamação, movido pelo antigo director de informação da Televisão Pública de Angola (TPA), Gonçalves Ihanjica.

O caso remonta desde 2017, quando Francisco Teixeira, que viu falecer dois parentes próximos em consequência do surto da febre amarela, terá feito um “telefonema intimidatório” contra o jornalista Gonçalves Ihanjica, acusando-o de ser o responsável pelo “mortífero ataque” da doença que, em 2016 vitimou milhares de pessoas em todo o país.

Na chamada telefónica gravada e difundida nas redes sociais, o líder do Movimento dos Estudantes, Francisco Teixeira ainda sentido com a morte dos seus ente queridos, envolve-se em trocas de palavras com o então director de informação da TPA que na era de José Eduardo dos Santos gozava de fortes influências no Palácio Presidencial, atribuindo-lhe a culpa de ter proibido os órgãos de comunicação social públicos de transmitirem qualquer informação sobre o surto da febre amarela como forma de evitar que o país ficasse na boca do mundo.

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