Jovens protestam contra falta de vagas na Universidade Katyavala Bwila em Benguela

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Centenas de jovens da cidade do Lobito e Benguela, manifestaram-se na passada segunda-feira, 02/03, junto das instalações da Universidade Katyavala Bwila, em protesto contra a falta de vagas de ingresso naquela instituição pública do ensino superior.

Faustino Dumbo | Lobito

O protesto foi organizado pelos munícipes de Benguela, na sua maioria estudantes, três dias depois após o arranque oficial do ano académico 2020.

Os manifestantes exibiam cartazes com dizeres que “exigem” a “baixa de emolumentos na universidade pública, bem como “exortaram” que a universidade da segunda região académica, que compreende as províncias de Benguela e do Kwanza Sul, use a taxa cobrada aos milhares de candidatos para investir em infra-estruturas, isto é, para construção de mais salas de aula.

Segundo os promotores da manifestação, o acto enquadra-se no cumprimento de um direito consagrado na Constituição da República de Angola: “Manifestamos para exigir o nosso direito e o fizemos à luz do artigo 47 da CRA”.

Para o activista Januário Jonatão, o protesto tem como objectivo “chamar a sensibilidade da reitoria da Universidade Katyavala Bwila de que, o número de vagas disponíveis a cada ano, tem sido muito reduzido, devido ao elevado número de candidatos ao ensino superior”.

Cada um dos mais de 21 mil candidatos pagou 4 mil kwanzas para o exame de acesso aos vários cursos ministrados na Universidade Katyava Bwila (UKB).

De acordo com os jovens, dada à insuficiência de salas de aula, os valores que são arrecadados todos os anos durante as inscrições de milhares de candidatos, deviam ser aplicados para a existência de mais salas de aula.
Em declarações à Rádio Angola, os jovens manifestantes garantem que os protestos vão continuar em função do “silêncio” das autoridades da instituição.

“Não pretendemos parar agora, vamos continuar a sair às ruas da cidade de Benguela, já que a manifestação não carece de autorização de ninguém, todos temos os mesmos direitos perante a lei”.

De referir que, o Reitor da Universidade Katyavala Bwila, Albano Ferreira, por ocasião da abertura do ano académico, avisava já para a demanda, afirmando que a UKB possui “a terceira maior procura regional no acesso ao ensino superior, com 2.165 inscrições no Kwanza Sul e 19.397 em Benguela’’.

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