JOVEM ENCONTRADA MORTA NA LAVRA DA SUA MÃE

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O facto ocorreu na província do Bengo, município do Dande, na localidade da Açucareira. Tudo terá acontecido no dia cinco do mês em curso quando a jovem, que em vida chamou-se Julieta Valeriano Miguel, de 21 anos de idade, estudante da 11° classe do curso de Ciências Físicas e Biológica, terá saído de casa por volta das 13H sem o conhecimento dos familiares e encontrada morta dez dias depois.

Texto de Pedro Gonga

Segundo a irmã da vítima, Ângela Valercia, a vítima residia em Cacuaco, mas pouco antes da morte teve de ir morar em Caxito para auxiliar a sua mãe no trabalho de campo e consequentemente arrumar um negócio para servir de sustentabilidade à família.

Numa sexta-feira, conta a irmã, a mãe teve de regressar a Cacuaco para participar dum funeral, tendo regressado à segunda-feira a Caxito quando, espantada, percebe que a filha não estava em casa. Vizinhos e familiares a informaram que a sua filha terá saído de casa ao domingo, e desde esse dia não terá regressado. Desesperada, pôs-se a procurar a filha, mas sem sucesso. Três dias depois dirigiu-se à esquadra mais próxima, acompanhada de vizinhos, tendo feito uma participação.

Desde aquela data, Julieta Miguel, que carinhosamente em vida era tratada por Jú, nunca mais foi vista. Ainda de acordo com a irmã da vítima, Julieta terá caminhado com um jovem da localidade naquele dia, pois os dois seguiam a mesma direcção, mas minutos depois se terão separado, porque o jovem já tinha chegado ao seu destino (a sua casa), tendo a vítima prosseguido a sua caminhada.

“A minha irmã estava a caminhar com um jovem, mas que depois tiveram que se separar, porque o jovem já tinha chegado a sua casa, e a minha irmã continuou a caminhar, segundo o que o jovem nos contou”, disse a irmã.

Desde aquela altura, a família bem como a polícia local, evidenciaram esforços à procura de Julieta Miguel por quase todos os cantos da localidade.

Para espanto da família, Julieta é encontrada sem vida com o pescoço, boca e braços cortados, bem como os órgãos genitais arrancados, na lavra da sua mãe, 11 dias depois do seu desaparecimento. A família aterrorizada chamou a polícia, que removeu o corpo, e no dia seguinte realizou-se o funeral devido o avançado estado de putrefacção.

Entretanto, a família tem imensas dúvidas de que Julieta terá estado esse tempo todo morta na lavra, pois, segundo a irmã, a família terá procurado também em todos os cantos da lavra.

“Como é possível a minha irmã aparecer na lavra, depois desse tempo todo desaparecida, se nós havíamos procurado pela lavra toda”, questiona Ângela. E acrescenta: “A minha irmã não esteve aí durante esse tempo todo. Os meliantes terão feito ela de refém ao longo desses dias, fizeram dela tudo quanto queriam e depois vieram atirá-la à lavra no dia 16”.

Entretanto, o caso já está entregue às mãos das autoridades. Os presumíveis autores encontram-se foragidos. A polícia local, avançou a irmã, está a trabalhar no sentido de encontrar os presumíveis autores para que possam ser responsabilizados pelo crime cometido.

Depois de uma longa e triste história, a família clama por justiça, embora consciente que a justiça nunca irá trazer de volta a ente querida.

“Nós queremos que a justiça seja feita, queremos que a polícia encontre as pessoas que terão cometido o crime, para que venham nos explicar o porquê fizeram isso com a minha irmã. Será que ela devia um dinheirão”, questiona, e conclui dizendo que não acredita se tratar de dívida porque a vítima estava naquele bairro a menos de três meses.

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