INUNDAÇÕES DEIXAM ESTRADAS DE CABINDA INTRANSITÁVEIS

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Escassez de esgotos e de valas de drenagem está na base dos transtornos causados pelas enxurradas.

A cidade de Cabindatem estado a registar nos últimos dias chuvas intensas que têm causado danos consideráveis à cidade e aos seus bairros periféricos, bem assim como na vida normal da população.

Como consequência, sempre que chove com intensidade a região fica incaracterística e além das inundações tem provocado a destruição de casas e criando-se, em muitos casos, ravinas que dificultam a livre circulação dos cidadãos.

A escassez de esgotos e valas de drenagem provoca o acumular de areias, lama e lixo quer na cidade, quer nos bairros periféricos localizados nas zonas baixas. 1º de Maio, Lombo-Lombo, Chiweca, 4 de Fevereiro, Comandante Gika e A Vitória é Certa são os bairros mais afectados pelas enxurradas que se abatem sobre a região.

A última chuva que caiu sobre a cidade, há dias, inundou a maior vala localizada no bairro 1º de Maio, facto que provocou a intransitabilidade da via que liga a sede capital de Cabinda e o aeroporto Maria Mambo Café.

A referida vala clama por uma intervenção urgente para evitar que as águas das chuvas que escorrem do morro do Tchizo não afectem a pista, uma situação que inúmeras vezes impede a aterragem de aeronaves no aeroporto de Cabinda.

De acordo com os populares que vivem junto à vala, a inundação deveu-se a acumulação de lixo e outros detritos na manilha que serve de canal de drenagem das águas pluviais provenientes das zonas altas do morro do Tchizo. Aliás, a inundação dessa vala, situada debaixo da avenida Duque de Chiazi, que liga o centro da cidade e o aeroporto, torna-se frequente quando chove e deixa apreensiva a população que pede às autoridades uma intervenção urgente para debelar o problema.

Para prevenir possíveis danos, quer humanos quer materiais, a administração municipal de Cabinda tem já traçado uma estratégia de actuação para inverter a situação. O administrador Arnaldo Puati Tomás garantiu que vão ser retirados todos os resíduos colocados na vala e que estão a impedir a passagem das águas e apelou a população no sentido de não voltar a deitar lixo nas valas de drenagem.

No bairro Simulambuco, a equipa técnica da administração de Cabinda que avalia os danos causados pelas chuvas constatou que as areias invadiram a linha de passagem das águas pluviais, causando a inundação das casas construídas em zonas de risco.

A regedoria do Liambo também ficou afectada significativamente com as chuvas que se abatem sobre a cidade.
O regedor Tiago Simba, preocupado com os estragos registados, disse ao Jornal de Angola que a chuva está a inquietar os moradores da área e um levantamento está a ser feito para identificar as pessoas afectadas e os danos causados.

A última chuva que caiu sobre a cidade, há dias, inundou a maior vala localizada no bairro 1º de Maio

Nessa localidade, as chuvas ameaçam cortar a circulação rodoviária devido ao crescimento de ravinas em vários pontos, sobretudo da estrada que liga as aldeias de Buco-Ngoio e Nzôngolo, o que tem estado a causar dificuldades aos automobilistas.

Em relação à situação, o administrador de Cabinda já está ao corrente do problema e promete avançar com um plano urgente de desassoreamento das valas de drenagem para permitir a evacuação das águas acumuladas.

“Algumas casas ficaram inundadas e torna-se necessário fazer-se um trabalho de limpeza das valas que há muitos anos não beneficiam de manutenção”, referiu Arnaldo Puati Tomás.

Quanto a ravina que ameaça cortar a circulação entre as localidades do Buco-Ngoio e Nzôngolo, Arnaldo Puati assegurou que o projecto que visa instalar no local um ponteco está já inscrito no Programa de Investimentos Públicos (PIP) do município.

“Essa ravina requer uma intervenção melhor e já temos planificado construir aí uma ponte que vai facilitar a circulação de pessoas e não só”, concluiu.

Fonte: Jornal de Angola

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