Filha do Ministro do Interior “capturada” em Malange pela Polícia e submetida à “quarentena “compulsiva”

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Shelsea Laborinho, filha do ministro do Interior, foi recentemente “capturada”, na cidade de Malange, por agentes da Polícia Nacional e de serviços médicos e submetida a quarenta imposta pelas autoridades sanitárias do país, apurou o portal “O Kwanza” junto de fonte local que acompanhou o episódio.

A fonte adiantou que Shelsea Laborinho foi encontrada em casa da irmã do ministro do Interior, conhecida em Malange como “Dona Gina”. Antes da sua “captura” Shelsea Laborinho foi vista a divertir-se no restaurante/dancing “Telma Fashion”, facto que levou a população local a denunciar a sua presença em Malange às autoridades policiais e médicas locais.

Shelsea Laborinho terá intimidado, no passado dia 17 de Março, a equipa de Vigilância Epidemiológica (VE) destacada no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro da capital angolana, invocando o nome do seu pai, Eugénio Laborinho, ministro do Interior no Governo do Presidente João Lourenço.

Segundo o portal, Shelsea Laborinho deslocou-se à cidade Malange com o propósito de deixar “baixar a poeira” em Luanda devido às denúncias feitas por vários cidadãos nas redes sociais face a atitude por si demonstrada no pretérito dia 17 de Março no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.

Conforme estabelecido pelas autoridades angolanas, os passageiros provenientes das cidades portuguesas de Lisboa e Porto, ficariam de quarentena por um período de 15 dias, enquanto que os vindos de outras capitais europeias e africanas ficaram em “quarentena domiciliar”.

A norma foi violada quando no passado dia 18 de Março, um voo proveniente de Lisboa, trazia a passageira Shelsea Laborinho cujo progenitor, o ministro do interior, Eugénio Laborinho, desencorajou que a mesma fosse levada a Calumbo, arredores da cidade de Luanda, local indicado para quarentena.

Ao reparar que o ministro do Interior estava a violar às regras estabelecidas pelo Governo, a ministra da saúde, Sílvia Lutukuta manifestou-se indignada com a postura do seu colega tendo determinado que se assim fosse, já que a filha do seu colega ministro estava a ser privilegiada, então neste caso, a medida seria valida para todos os passageiros.

Para além de Shelsea Laborinho, faziam igualmente parte deste voo vindo de Lisboa, diplomatas estrangeiros e destacadas figuras nacionais tais como o antigo PGR, João Maria Moreira de Sousa; o chefe das telecomunicações do palácio presidencial, Tenente-general Filipe de Figueiredo e o político do partido PRA-JÁ, Abel Epalanga Chivukuvku.

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