ESTUDANTE ANGOLANO PREMIADO ABANDONADO NA RÚSSIA

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CARTA ABERTA

Endereçada ao PR. João Manuel Gonçalves Lourenço

Cc: Ministério das Telecomunicações, Ministério da Energia, Ministério do Ensino Superior, Ministério das Telecomunicações, e aos Deputados da Assembleia Nacional (Representantes do povo)

É com todo o meu respeito e admiração que venho escrever esta carta. Sinto-me na obrigação moral de reconhecer o esforço que o Executivo e o partido no poder têm evidenciados para catapultar a juventude na sociedade Angolana. Todavia, é notável a limitação de jovens com futuro público promissor dentro da sociedade angolana, aliás, ser simpatizante não conta, talvez o jovem deve ser oficialmente membro da classe juvenil do partido político no poder. Espero estar enganado.

Temos visto a informação de uma irmã Angolana formada no Reino Unido com excelência. Muito bom, mas me pergunto o porque não se faz o mesmo com os outros Angolanos que têm destaques em grandes universidades no estrangeiro? Será que a jovem é ligada a alguma família elite do país? Não sei dizer. Só sei que alguns jornais Europeus anunciaram recentemente o destaque do Angolano abaixo mencionado e os medias Angolanos nada falaram sobre tal facto inédito.

Lumonansoni Eduardo Andre | DR

O jovem Lumonansoni Eduardo Andre. Desde o ensino médio já revelava sinais de um super dotado. O mesmo já tinha um laboratório amador feito por ele mesmo em sua casa humilde. Anos depois, após finalizar o curso no instituto de telecomunicações, rejeitou bolsa de estudo e emprego da petrolífera BP, preferindo optar pela bolsa de estudo do INAGBE e formar-se naquilo que sempre amou para servir o país.

Ele nasceu a 10 de julho de 1992, na província de Luanda e licenciou-se na Universidade Estatal de Tula, na Federação da Rússia, no curso de Engenharia de Electroenergética e electrotecnia. 

Vencedor das olimpíadas internacionais de Física em 2016 pela Universidade Estatal de Tula.

Vencedor das olimpíadas de Matemática e cultura geral de Angola a nível da Rússia em 2015.

Primeiro angolano a ter diploma de excelência (diploma vermelho de melhor aluno) na história da Universidade criada em 1930.

Primeiro lusófono no ramo de Engenharia a ter tal feito e quinto africano da historia da universidade.

Autor de dois artigo científicos publicados pela mesma universidade no campo de Energia Eléctrica.

Único estrangeiro aceite pela Universidade Estatal de Tula, na Federação Russa, para fazer Mestrado neste curso no ramo de estações e sub-estações eléctricas num total de apenas 6 mestrandos, sendo 5 russos e 1 estrangeiro (Lumonansoni Eduardo André).

Por questões burocráticas, não recebe o seu subsídio como bolseiro. Por via dessas falhas constantes, o governo Russo fez inúmeras propostas laborais que por ele foram rejeitadas, desejando apenas atingir o mais alto nível da sua província do saber e a posterior servir o país. Entretanto, apela-se ao aproveitamento e garantias laborais do Estado Angolano de modo a contribuir para o país, como também uma solução emergente dos subsídios pendentes de modo a continuar a representar o país com sabedoria, inteligência, dignidade e patriotismo.

Por favor, apela-se à sociedade em geral a olhar para este quadro que o país deu oportunidade de se formar para a posterior servir o país com excelência.

“Um dos grandes erros que o Executivo precisa de corrigir nosso país é o de formar e descartar a posterior o formado”.

Por: Bruno Armando da Costa Xingui

12. DEZEMBRO DE 2017