ENDIAMA e antigos trabalhadores mantêm braço-de-ferro por mais de dez anos

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O contencioso entre a direcção da Endiama e os cerca de três mil trabalhadores despedidos em 2009 continua. Os antigos trabalhadores encontram-se neste momento na sede da empresa, no Lukapa, e na mina do Nzaji, e dizem que não sairão até receber o que, segundo eles, é devido, noticia a VOA.

“Cada dia que passa a Endiama inventa manobras por isso nós começamos uma série de concentrações no Lukapa e no Nzaji para fazer entender a quem de direito que ela não quer pagar o que nos deve, usando o termo `quitação´ como subterfúgio para não pagar e não vamos arredar o pé daqui”, garantiu Baptista Tunganeno, um dos representantes dos trabalhadores.

Por seu lado, a empresa denuncia em comunicado “actos de antigos trabalhadores que tentam várias acções nas suas delegações na Lunda Norte e na clínica Sagrada Esperança no Lukapa”.

A Endiama insiste que já efectuou o pagamento de tudo que devia e que cabe ao tribunal decidir qualquer pendência. Escario Muteba, também antigo trabalhador, refuta a posição da empresa e diz que “é tudo mentira” e que eles não vão “arredar o pé daqui até que eles paguem o que devem, vamos lutar até ao fim”.

Muteba apela ao Presidente da República para intervir porque “há muitas famílias em desgraça, sem emprego, a morrer de fome” e, fazendo recurso ao slogan da campanha eleitoral de João Lourenço, afirma que “há necessidade de corrigir o que foi mal feito”. Os trabalhadores reclamam salários não pagos por antigas entidades empregadoras ligadas à Endiama e pedem que a empresa pública assuma esse compromisso, o que ela nega por considerar que os trabalhadores assinaram um acordo extrajudicial que pôs fim ao diferendo.

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