Dezenas de criança na cidade do Lobito sobrevivem da lixeira

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A crise que fustiga milhares de famílias angolanas tem provocado a várias crianças o seu envolvimento no trabalho infantil, com vista a encontrar o pão para o sustento diário, é o caso de dezenas de crianças no município do Lobito, província de Benguela que, devido às dificuldades encontradas no seio familiar, a solução tem sido a recolha de lixo para a sobrevivência.

Eduardo Ngumbe | Benguela

São inúmero casos de crianças que vivem em zonas periféricas da cidade ferro-portuária do Lobito, em que os bairros considerados pobres, as crianças não vivem com dignidade já que, não conseguem ter no mínimo duas refeições por dia.

Entretanto, dada à carência de vida e contrapondo as dificuldades do quotidiano e sobre todos os riscos possíveis, fazem do lixo um lugar de sobrevivência colhendo deste modo quebras de plásticos para a comercialização a negociantes industriais fabricantes de utensílios desta espécie com a conivência dos pais que, segundo apurou a Rádio Angola, em diversas ocasiões, as crianças são obrigadas a contribuir nas despesas caseiras.

Em declarações à Rádio Angola, algumas crianças justificaram à procura de produtos nas lixeiras do Lobito devido ao chamam de “dificuldades” dos seus progenitores em custear os seus estudos.

Com idades compreendidas entre 8 a 12 anos, os pequenos que diariamente enfrentam o cheiro nauseabundo com o agravante de contraírem doenças, afirmam que dependem do “lixo” para a “sobrevivência” e os ganhos, segundo contam, cobrem igualmente as despesas como compra de cadernos, batas, lápis e outros materiais escolares.

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