Cabinda: Oito ativistas em liberdade condicional após quatro meses na prisão

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Por VOA

Os oito ativistas do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) detidos pelas autoridades angolanas em Dezembro de 2019, quando realizavam uma manifestação a favor de um referendo para a província, foram postos em liberdade sob o termo de identidade e residência nesta quarta-feira, 8.

A informação foi confirmada pelo presidente do MIC, Carlos Vemba, quem lamenta, entretanto, a gravidade do estado de saúde de três membros libertados, dois deles com “índices de malária elevados”

Ao abrigo dos termos de soltura, os oito ativistas têm que se apresentar quinzenalmente na Procuradoria Geral da República (PGR).

Os ativistas tinham sido detidos quando se mobilizavam para realizar um conjunto de manifestações a favor da autodeterminação de Cabinda, que as autoridades consideraram de subversivas por, segundo elas, atentar contra a unidade nacional.

Na ocasião, 11 ativistas foram detidos, três dos quais viriam depois a ser soltos pelo tribunal provincial de Cabinda, que se recusou a jjulgá-los num processo sumário, por falta de provas.

Oito ativistas foram mantidos numa unidade penitenciária por indícios de terem cometido os crimes de rebelião armada, associação criminosa, resistência e ultraje ao Estado angolano.

Carlos Vemba considera fúteis as acusações da PGR e reitera uma solução política para o diferendo que opõe muitos ativistas em Cabinda e o Governo angolano.

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