Anciã alerta risco de vida para mulheres que se relacionam com vários homens durante período de gravidez

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As parteiras tradicionais que realizam as suas actividades ao domicílio na comuna de Cabiri, município do Icolo/Bengo, em Luanda, alertam para o risco de perda de vida as mulheres que se relacionam com vários homens durante gravidez.

Segundo O Decreto, as parteiras que se queixam de falta de reconhecimento pelas autoridades, fundamentam que, partindo de pressupostos tradicionais, durante a gestão, “o feto habitua-se ao calor do pai pelo que, a relação íntima da mãe com outro homem resulta em muitas ocasiões, em complicações durante o parto”.

A anciã, Delfina Rufino de 64 anos, 45 dos quais dedicados a sagrada missão de trazer ao mundo novas vidas entende que nem sempre que uma grávida morre em pleno parto a cama de uma maternidade, revela falha do corpo clínico, considerando que muitas vezes, essas mortes são consequências do envolvimento sexual de algumas mulheres gestantes com outros homens.

De acordo com a idosa, no alto da sua idade, já testemunhou confissões e mortes de mulheres no parto em consequência de conduta promiscua durante a gestação.

“A menina quando está grávida não pode mais se encontrar com outro homem. Basta que se envolva com outro para que tenha complicações durante o parto” disse a anciã para mais adiante explicar que “quando isso acontece, o bebé tem a tendência de subir no vento e, é necessário o uso de medicamentos tradicionais para que o bebê volte assumir a posição normal no ventre da mãe”.

A anciã, com conhecimentos refinados sobre o parto tradicional, argumenta que a utilização, atempada, de medicamentos tradicionais é imprescindível para forçar o bebé a adquirir a posição correcta antes do parto, evitando deste modo, risco da gestante ser submetida a uma cesariana.

“A prudência entre os cônjuges deve ser imperiosa para não provocar complicações ao bebê durante o parto. Em caso de haver infidelidade entre ambos, cada um deles é chamado a confissão junto dos séculos para evitar constrangimentos à nascença” advertiu a anciã.

E, para tentar travar o maior número de mortes de parturientes nas maternidades, a ancião, Delfina Rufino, defende trabalho conjunto entre as parteiras, aliando a sabedoria dos nossos ancestrais africanos aos conhecimentos científicos. “Tem que se mesmo por que, se as parteiras tradicionais estiverem colocadas nos hospitais, elas facilmente perceberão a natureza da complicação no parto” justificou a anciã para quem essa iniciativa pode salvar vidas.

Dados do ministério da saúde sobre mortalidade materna indicam que, em 2016 as repartições municipais da saúde em Luanda, registaram só na capital do país, 562 mortes de gestantes.

O relatório publicado, indica que a hemorragia pós-parto como a principal causa, seguido da malária. Segundo o relatório do 1º Seminário Metodológico sobre Saúde Sexual e Reprodutiva, realizado em Setembro de 2019, Angola é um país onde a taxa de fecundidade na adolescência constitui “uma preocupação por se revelar alta”, com uma cifra de 123 por cada mil meninas.

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