Activistas tencionam processar Polícia Nacional pelo “rapto” de manifestantes de sábado último

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Oiça aqui: Um grupo de mais de trinta activistas e outros membros da sociedade civil, que supostamente foram “raptados” pela Polícia Nacional no momento da concentração da última manifestação e abandonados numa zona baldia, na Barra do Kwanza, a 40 quilómetro fora da cidade de Luanda, tencionam avançar com um processo crime contra a corporação, em consequência da acção sofrida.

Fonte: Rádio Angola

O activista José Gomes Hata, um dos organizadores da manifestação de sábado, 3, que reuniu centenas de cidadãos no largo do 1º de Maio, na capital do país, em solidariedade ao presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse à Rádio Angola que “não se justifica o comportamento da polícia”, pelo que, “condena tal atitude”.

A marcha de apoio a Adalberto Costa Júnior foi promovida pelos activistas denominados “a terceira divisão”, que decidiu realizar o protesto de solidariedade ao líder do “galo negro” em função dos “sucessivos ataques de fake news que a televisão, as rádios, os jornais e os serviços de segurança do Estado têm realizado todos os dias, para manchar o seu bom nome e reputação”.

Em entrevista a este portal, José Gomes Hata, afirmou que, “na qualidade de organizadores da manifestação, tínhamos o dever moral de chagarmos mais cedo e, tão logo chegamos, nos dirigimos aos agentes da polícia, no sentido de solicitarmos o asseguramento da manifestação, mas a polícia disse apenas que tínhamos que entregar os telemóveis e subirmos nas viaturas”, disse.

O activista contou que, os agentes da corporação “sem mais nem menos raptaram os organizadores e abandonaram na barra do Kwanza um grupo de aproximadamente de 30 elementos”, numa distância de cerca de 40 quilómetros fora de Luanda.

Hata entende que, a acção alegadamente protagonizada pela polícia configura “numa clara violação dos direitos humanos e da Constituição da República”, por isso, não descarta a possibilidade de, junto dos advogados intentarem uma acção criminal contra os agentes envolvidos.

À Rádio Angola, José Gomes Hata adiantou que, na próxima terça-feira, 13, os organizadores da manifestação do último sábado vão realizar uma conferência de imprensa explicar com mais detalhes as circunstâncias que ocorreu o suposto “rapto” dos activistas.

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