Activistas defendem “nova oportunidade” à Isabel dos Santos para provar capacidade empresarial

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O activista social Adão Ramos é de opinião que, as autoridades angolanas, deviam dar mais uma “oportunidade” à Isabel dos Santos para provar, na prática, as suas capacidades de “grande empresária” sem os “privilégios”, ao que se diz, ter supostamente beneficiado enquanto o seu pai esteve na Presidência da República durante 38 anos de governação ininterrupta.

Fonte: RD/RA

O nome da empresária que em Dezembro de 2019, viu os bens arrestados provisoriamente pelo Estado mediante uma providencia cautelar, emitida pelo Tribunal Provincial de Luanda, devido ao alegado “incumprimento” no pagamento de uma divida avaliada em 1, 3 mil milhões de dólares contraída ao Estado, esteve em evidência durante uma mesa redonda realizada no sábado, 29 de Agosto, em Luanda pelo Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), que reflectiu sobre a situação do desemprego no país.

Adão Ramos, um dos intervenientes no certame, considerou “selectivo” o combate à corrupção no país e defendeu que, não faz nenhum sentido privar os bens da empresária, que mais deu emprego a juventude, quando segundo o activista social, existem outras individualidades comprometidas com a corrupção, mas que permanecem livres da justiça.

“Esse combate que se está a fazer, não é à corrupção, mas contra algumas pessoas porque, no meu ponto de vista, não faz nenhum sentido que actue contra à filha do ex-presidente da República, quando existem outras pessoas que roubam, dilapidaram o erário, estragaram esse país e anda aí, são generais, deputados chamamos-os ‘suas excelências’, nós os idolatramos com os termos mais honoríficos”, acusou o activista que advogou o retorno da empresária ao país para, “sem privilégios palacianos” provar a sua capacidade de “grande” empresária”.

Por sua vez, o activista Fernando Sakuela sublinhou que Isabel dos Santos é a empresária angolana mais referenciada em todo mundo pelo que, exortou o Governo de Angola a adoptar o chamado “pacto de regime” com vista a construção de uma nova nação.

“O caso da engenharia Isabel dos Santos não é jurídico, é um problema político, porque se fosse um caso jurídico, no partido que diz estar a combate não sobraria ninguém”, disse Sakuela, acrescentando que “quem é que está no governo e não conviveu com ex-Presidente José Eduardo dos Santos?”, questionou o activista que mais adiante questiona a forma como se está a “combater a corrupção em Angola”.

Segundo o activista, o “pacto de regime” vai, na sua visão, permitir a resolução dos grandes males que enfermam o país sem rivanchismos.

Recentemente a empresária Isabel dos Santos manifestou o desejo de negociar com as autoridades angolanas para um desfecho consensual no caso de arresto de bens e congelamento das suas contas bancárias, do marido Sindika Dokolo e do sócio Mário Leite.

A Procuradoria-geral da República de Angola (PGR) rejeitou qualquer intenção de diálogo com a filha do antigo estadista angolano.

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